quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

um reflexão sobre tolerancia.

NO CAMINHO COM MAIAKOVSKI
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.

E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.

Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa
casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da
garganta.

E já não podemos dizer nada.
de Eduardo Alves da Costa

para aqueles que acreditam na tolerância cega e desmedida.

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